Um belíssimo filme passado na Mongólia Interior, durante o período da Revolução Cultural maoísta. Chen Zhen (Feng Shaofeng) é um dos estudantes que vai para o campo, para levar instrução às crianças. Fica com uma família cujo ancião percebe o frágil equilíbrio entre todos os animais das estepes e cujo totem é o lobo.
Devastando ou roubando as fontes de alimento dos belos lobos mongóis, estes têm de recorrer a atacar as ovelhas, cavalos e outro gado, para raiva do comissário político supervisor da área.
Por entre as paisagens épicas e fotografia de grande qualidade assistimos ao massacre das crias de lobo e abate também dos adultos, caçados sem piedade. Cheng Zhen, que sente fascínio pelos lobos, consegue uma cria de lobo que esconde, criando-a na sua tenda.
Destruído o equilíbrio das estepes, os lobos aproximam-se cada vez dos acampamentos e das esparsas aldeias da Mongólia interior e o massacre sistemático desses belos animais não é bonito de se ver, para grande tristeza de Chen Zhen.
O lobo que criou é o último da região, mas ele, mesmo assim tem relutância em soltá-lo.
Um filme com uma história que cativa, paisagens majestosas, boas interpretações e que vale bem a pena ver e que é ao mesmo tempo uma defesa da Natureza e uma crítica do progresso desenfreado
Excelente trabalho e treino de animais, questão que Annaud já tinha enfrentado noutros dos seus filmes.
Origem: China/França; Duração: 121m; Realizador: Jean-Jacques Annaud; Género: Drama, Aventura; Classificação 7,5/10.
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